Alguma Literatura

Alguma Literatura

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

SANTA MARIA, 27/01/2013


Mandem parar o poema!
Te levanta, guria
Fandanguear? Impossível
Dança, guria
Se o Rio Grande se apequena
Canta, guria
E a luz se faz artifício.


E que cesse mesmo o mundo
Não te acanha
Sua tão tola viagem
Não te aperta
Que se a dívida é chumbo
Prende o grito
Sua paga é coragem:


É guardar seiva da vida
Segura minha mão
Que tão jovem se rebenta
Toma teu mate
Juntá-la co’as mãos sofridas
Fala de ti
Solvê-la, boca sedenta.


Às densas trevas do agora
Acorda, guria
O sol se imporá de novo
Acorda
O amor seguirá à prova
Não dorme
De esquecimento e de fogo.

domingo, 20 de janeiro de 2013

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

ERA UMA VEZ (4 MICROCONTOS)






Uma moral à procura de um enredo.

***

Um final e sua dose diária de antidepressivos.

***

Uma fábula que despertava as crianças.

***

Um príncipe e seu jardim secreto. Pequeninas covas (dezenas delas).

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

sábado, 22 de dezembro de 2012

“POIS É, PENÉ.”




O porteiro me barrou. No elevador, seu Antônio, o vizinho do 602, perguntou se eu era novo. A fechadura não reconheceu minha chave. Meu garoto me negou um abraço. Penélope quis saber quem eu era. Já que fui ficando, acabaram por se acostumar. O porteiro, seu Antônio, meu filho e minha mulher. Porque a fechadura se mostrara especialmente teimosa, tivemos de trocá-la. Nesse dia, ouvi Penélope ao telefone (com Ana, sua irmã): “Mais fácil trocar o segredo do que o marido, né?”