Alguma Literatura

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sábado, 22 de dezembro de 2012

“POIS É, PENÉ.”




O porteiro me barrou. No elevador, seu Antônio, o vizinho do 602, perguntou se eu era novo. A fechadura não reconheceu minha chave. Meu garoto me negou um abraço. Penélope quis saber quem eu era. Já que fui ficando, acabaram por se acostumar. O porteiro, seu Antônio, meu filho e minha mulher. Porque a fechadura se mostrara especialmente teimosa, tivemos de trocá-la. Nesse dia, ouvi Penélope ao telefone (com Ana, sua irmã): “Mais fácil trocar o segredo do que o marido, né?”

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