Alguma Literatura

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domingo, 25 de junho de 2023

CAPTCHA

 


 


É tamanho o meu enfado

Em frente ao computador

Que até cogito admitir

Sim, Captcha, sou um robô.

 

E me sai tão automático

O “Olá” e o “Por favor”

Que bem posso confessar

Sim, Captcha, sou um robô.

 

Mesmo os veios de silício

Desse meu processador

Cantam à noite em uníssono:

“Como dorme esse robô”.

 

Desconfio que as engrenagens

Pulsam no despertador

Ansiando por gritar

“Acorda logo, robô”.