Ali na esquina. Espaço. Talvez um metro quadrado, limites incertos,
paredes translúcidas. Puro doméstico recato. Odores – suor, mijo, merda –
domésticos. Gestos, os mais íntimos, conquistaram-no, palmo a palmo.
Ela tateia seu rosto. Os
indicadores limpam sua pele. Afastam cabelo, barba. Localizado o cravo, usa os
polegares. Olhos ausentes fitam ponto fixo. Sutil expressão sinaliza dor.
Atenta, ela colhe as nuances. Para. Vê. Continua.
Ali. Microcosmo. O ambiente pede um “com licença”. “Fique à vontade”,
diria ela. Ou ele. Ou ambos, em coro.
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