Notícia que me inspirou a escrever esse poema:
Alguma Literatura
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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
domingo, 25 de dezembro de 2011
sábado, 24 de dezembro de 2011
O vendedor de chapéus (parte 3)
3
O
|
f e n d i d o
e a c u a d o
Recolheu-se àquele pobre,
àquele imundo barraco,
a m a r e l o
t e r r a : o
c r e.
Sem labor – a fantasia
única que possuía –
que a ele foi negado
ficou logo adoentado.
Com a notícia que morria
a correr à luz do dia,
procurou-lhe velha ossuda,
ex teúda e manteúda,
que por Anita atendia.
Com ela vivera antes
de ser vendedor andante.
Em noite de valentia,
choro, faca e gritaria.
Largara-a para trás.
Foi com ponta de alegria
que a avistou em seus quintais.
Anita:
-Depois que ocê deixou eu
minha barriga cresceu
e nasceu, bem no Natal,
menino, que hoje é fiscal.
Que tá lá fora esperando
Pra mor de falar co ocê.
Natalino foi entrando
e começou a dizer:
Se te odiei já não sei
talvez sim, pois foste ausente,
mas nunca te quis doente
nem perseguido da Lei.
Eu não sei se te quis mal
talvez sim, por não amado,
mas nunca te quis domado
tal como bruto animal.
O que peço é teu perdão
e seu quepe
jogou fora
se ele me der agora
terei minha redenção.
Peço: abra o coração
e tirou o seu
colete
e esse teu filho aceite
antes da extrema unção.
Herdarei tua condição
e pôs a vara
nas costas
com as chagas a ti impostas
sem qualquer hesitação.
Não morre o teu evangelho
já vestido
como o velho
tomo a vida que é sua
em mim você continua.
Do teu pregão farei canto
já em
desatado pranto
tomo a vida que era sua
em mim você continua.
O vendedor
de Chapéus:
-Pois vejo que sois um burro,
desses de sonoro zurro,
ou será que não enxerga
que sempre vivi na merda?
FORMA
ERRADA OU CERTA
O QUE , MAL OU
BEM
E S
C R E V E U ALGUÉM,
POR
AQUI
SE ENCERRA.
domingo, 18 de dezembro de 2011
O vendedor de chapéus (parte 2)
2
S
|
endo bom conhecedor
das cabeças de seu povo
o I n f e l i z atinou
vender um produto
novo.
V e n d e r i a c a f u n é,
arte que aprendeu
sozinho,
homem, criança
e
mulher
comprariam o c
a r i n h o.
E por ouvir muita queixa
contra o preço do chapéu
quis aproveitar a deixa
e dá-los em aluguel.
Mudou o pregão até:
“Olha aqui o panamá
Pra mor vender e alugar...
e vendo inté cafuné!”
Ele passou a gritar
pelas ruas do lugar,
grito limpo que mostrava
esperança renovada.
O veludo de sua mão
e também a novidade
remexeram co’a cidade
como nada até então.
A sorrir ele voltou
deu algum forro à carteira.
Não invejava Doutor
pois tinha eira e beira.
Mas a maldita Desgraça
acatitou bem o olho
e praga de mil piolhos
ela quis lançar na praça.
Não viu idade nem classe,
se espalhou sem distinção.
Não tinha quem não coçasse
o quengo com aflição.
O Padre, então, ponderou
que o infeliz vendedor
as suas mãos não lavava:
“Taí a causa da praga!”
Foi o que ele afirmou.
Ao Fiscal contaram tudo
e ele à rua se lançou
muito brabo e raçudo
foi atrás do vendedor.
Pediu-lhe carta e licença.
O pobre disse: “Dotô,
sou fabeto de nascença,
de paper sei não senhor”.
E o mau Fiscal Natalino
mandou que parasse o andor,
derrubou-lhe em desatino.
Viu, quem estava por lá,
pobre homem a chorar
ali sentado no chão
tapando a vista co’a mão.
E os panamás ao redor.
Disse o Fiscal: “É melhor
o senhor me obedecer
e as tralhas recolher”.
Quem defendesse não houve
o infeliz do mau Fiscal,
que foi grosseiro afinal,
mas o porque ninguém soube.
Mas digo que saberão
os que tem o conto à mão
ao lerem a parte terceira
dessa história verdadeira.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
O Vendedor de chapéus (parte 1)
Romance em cordel do pobre infeliz que do qual se diz vendia chapéu
1
Era um homem que vendia
fosse noite
ou fosse dia
chapéus, a pé pelas ruas.
Expostos nas costas
suas
esses iam
numa vara,
levada, de
forma rara,
nos
ombros do vendedor
à feição do Salvador.
Sendo a cidade pequena
quem comprasse não havia.
Então muitos só por pena
faziam-lhe a cortesia.
E apesar de não vender
um só nos últimos meses
seguiu com o seu abecê
passando até fome às vezes.
Nos últimos vinte anos
a mesma coisa ele fez
e os seus saberes lhanos
turvaram-lhe a sensatez.
Assim não pôde entender
que o negócio de chapéu
era da moda à mercê,
dado a variar ao léu.
Os que consigo trazia
não tinham a primazia
no gosto da juventude,
que ao panamá não acude.
Mas foi tanta a caridade
que lhe fez sua cidade
que é precisa a estimativa:
Seis chapéus por gente viva.
Mesmo os bebês tinham lá
só de chapéus dúzia meia.
Havia até sala cheia
ao teto de panamá.
No São João não as madeiras,
mas os chapéus que ardiam
e boa chama faziam
nas ruas ou em lareiras.
Caminhava, ainda assim,
em triste andança sem fim,
colhendo aqui compaixão
e ali adiante um tostão.
Para pena dos locais
ficavam cada vez mais
parcas suas carnes poucas,
mais fraca, sua voz rouca.
Era lida inadequada
a sua idade avançada
(de lucro nenhum ou pouco).
Já passava, assim, por louco.
Mas nessa história singela
reviravolta desponta,
que pôs – aquele que a conta,
na segunda parte dela.
domingo, 11 de dezembro de 2011
Esclarecimento à Equipe
Os eventos lamentáveis, ocorridos na última
confraternização,
foram superados.
Não cabia a Jorge indagar,
mesmo que por troça,
quem fazia o que com quem,
nos arbustos.
Ao assim agir, subindo na mesa,
incorreu em erro. Por isso,
e por ter exibido suas partes,
foi advertido.
Reitera-se que, ao contrário do que insinuado,
a chefia se baseia na competência
para promover os colaboradores
e colaboradoras.
O Gerente.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Dor dosada
Do éter, o cheiro
aos olhos, braseiro
anuncia a pontada
da injeção aplicada
em alheias carnes.
De branco, a arguta
a missão, executa
do médico, a mando
a agulha, enfiando
em alheias carnes.
O ferrão ainda
o que há na seringa,
enquanto insere,
a pele, malfere,
invadindo as carnes.
sábado, 3 de dezembro de 2011
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
O vento em Natal
(Assusta
a criança assustadiça,
insone.
Arrebata os chapéus,
das cabeças.
Lança grãos de areia,
minúsculas navalhas,
na pele.
Entorta arbustos.
Derruba árvores.
Dá vida às dunas.
Arranca quadros das paredes.
Bate as portas).
-Quem derrubou o vaso?
-Foi o vento, mãe.
-Com uma bola?
sábado, 26 de novembro de 2011
Unhappy hour
Na sala de reuniões,
A rispidez cala as explicações
Sabe-se o que esperar:
Punho cerrado, cofre alado
Dentes à mostra, possíveis armas
Soco, trovão, na mesa
Foco milimétrico
Grito
Saliva incontida, projéteis no
ar.
Na sala de reuniões,
Não há assentos para explicações
Para o sorvete, no estômago, sim.
A rispidez e os gritos dão lugar
Aos latidos e rosnados
Grunhidos e uivos.
-Vocês não tem nada a dizer?
Hesitante,
minúscula burocrata
Ergue
a mão, levitante, e alcança,
Em
gesto de libertação,
O
próprio céu, com ele,
estrelas
e galáxias.
- Pois diga!
- O Sr. é um completíssimo idiota.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Um nó lasso
Ela passou pela
catraca e se sentou do meu lado. Nunca a vira antes. Sua pele parecia
destacadamente morena contra o vestido, branco com tênues detalhes florais:
pequenas pétalas verdes, azuis e amarelas. A cor da roupa, à força do
contraste, faria sua pele mais morena do que de fato era? Só seria possível
conhecer-lhe o tom da pele vendo-a nua? Como ela seria nua?
- Garoto, ela
falou. Teriam meus olhos denunciado meus pensamentos? Creio que ruborizei.
- Sim, respondi
fitando, mui gravemente, seus olhos. Perguntou-me se poderia ajuda-la e,
ouvindo que sim, se estivesse ao meu alcance, pediu-me que refizesse o laço de
suas costas. Assumi a tarefa. Não tinha, então, qualquer familiaridade com o
gesto de despir, ainda que inocentemente, uma mulher. De imediato, lembrei-me
da familiar ação de atar cadarços. Percebi, com a comparação, o quanto os meus andavam ásperos, sujos e fedidos.
-Tá bom assim? –
Pode apertar mais. – Prontinho. – Obrigada!
Nada mais
falamos.
Ela saltou antes
de mim. Não voltaria a vê-la.
No ônibus,
rememorei, três vezes e depois mais três, nosso breve encontro. Esforcei-me
para guardar, em especial, cada detalhe daquele instante, daquela eternidade em
que suas costas estiveram nuas.
Na escola, tão
logo tive a oportunidade, virei-me para o João Vitor e, triunfante, joguei-lhe na
cara:
-Você já viu uma
mulher nua? Eu já!
domingo, 20 de novembro de 2011
Uma queda de moto
O motoqueiro se vê
não móvel, mas tão parado
que, sob si chega a crer
voa o asfalto afiado.
Mas o chão vem e o desperta
se é que esteve adormecido,
como faca, como seta
e rasga o frágil tecido.
Expõe da lã sua trama
da pele o seu colorido
e esfarela, sem mais drama,
o que veste e o que é vestido.
Enfim, pratica injustiça
contra o pobre embriagado
pois tira de quem precisa
tingindo-se de encarnado.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Madrugada de chuva
06:00 - Toca o despertador.
Ao abrir os olhos não podia suspeitar,
mas ele por mim já esperava.
Ao ter com a ducha e a ela dedicar
árias imaginárias, tampouco,
mas ele esperava.
Água. Para mim, um ritual
matinal.
Para ele, o pão que lhe infla
as invisíveis carnes.
Que o faz profundo.
Ao rabiscar no jornal, pobre de mim,
nunca poderia imaginar, mas ele,
de tocaia, aguardava.
Esperava como uma grávida
não espera o filho.
Esperava, qual jacaré, com seu sorriso
largo e obsceno.
07:32 - Toca o telefone.
-Escritório contábil, bom dia!
-Oi Mércia, sou eu, Caio.
-Bom dia Doutor.
-Diz pro Fagundes que vou atrasar. Caí num buraco.
O pneu já era!
Ao abrir os olhos não podia suspeitar,
mas ele por mim já esperava.
Ao ter com a ducha e a ela dedicar
árias imaginárias, tampouco,
mas ele esperava.
Água. Para mim, um ritual
matinal.
Para ele, o pão que lhe infla
as invisíveis carnes.
Que o faz profundo.
Ao rabiscar no jornal, pobre de mim,
nunca poderia imaginar, mas ele,
de tocaia, aguardava.
Esperava como uma grávida
não espera o filho.
Esperava, qual jacaré, com seu sorriso
largo e obsceno.
07:32 - Toca o telefone.
-Escritório contábil, bom dia!
-Oi Mércia, sou eu, Caio.
-Bom dia Doutor.
-Diz pro Fagundes que vou atrasar. Caí num buraco.
O pneu já era!
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Post-it
Homem (soberbo, a um pedaço de papel):
-Amarelo escravo
que leva na face
amarela,
as lembranças tatuadas
do teu amo.
Lembranças que só vivem
em ti.
Tarefas que ninguém quer
cumprir.
Distraído, trilhas o mesmo caminho
dos teus irmãos de papel que,
em fila rumo à destruição,
acumulam-se em cestos,
amassados em bolotas.
Papel (soberbo, a um pedaço de homem):
-Amarelo escravo
que leva na face
amarela,
as rugas que ganhaste
do tempo.
Tua vida é carregar
sonhos
que só vivem em ti.
Metas que não comovem a ninguém
senão a ti.
Distraído, trilhas o mesmo caminho
dos teus irmãos de rebanho que,
em fila ruminosa,
acumulam-se nas covas
em pilhas e pilhas
de ossos.
-Amarelo escravo
que leva na face
amarela,
as lembranças tatuadas
do teu amo.
Lembranças que só vivem
em ti.
Tarefas que ninguém quer
cumprir.
Distraído, trilhas o mesmo caminho
dos teus irmãos de papel que,
em fila rumo à destruição,
acumulam-se em cestos,
amassados em bolotas.
Papel (soberbo, a um pedaço de homem):
-Amarelo escravo
que leva na face
amarela,
as rugas que ganhaste
do tempo.
Tua vida é carregar
sonhos
que só vivem em ti.
Metas que não comovem a ninguém
senão a ti.
Distraído, trilhas o mesmo caminho
dos teus irmãos de rebanho que,
em fila ruminosa,
acumulam-se nas covas
em pilhas e pilhas
de ossos.
domingo, 13 de novembro de 2011
Duas Trovas
Oh Morro, tu és Careca
e amante da beleza,
pois foi na esquina d'América
que beijaste A Ponta Negra
(2010)
Para mim latiu um cão
e buscou-me o calcanhar.
Escorreguei, mas, no chão,
mordisquei-lhe a jugular.
(2011)
e amante da beleza,
pois foi na esquina d'América
que beijaste A Ponta Negra
(2010)
Para mim latiu um cão
e buscou-me o calcanhar.
Escorreguei, mas, no chão,
mordisquei-lhe a jugular.
(2011)
sábado, 12 de novembro de 2011
Bom dia, boa noite
Numa esquina.
-Estranho Conhecido, por que a pressa?
Sempre nos vemos, de passagem, estranho.
Na mesma esquina - bom dia - na mesma praça - boa noite, entra ano sai ano.
Mas agora, Estranho conhecido, só lhe vejo com as mãos nos bolsos.
Não mais sorri nem cumprimenta.
Não me aperta a mão, apressado.
Desconhece-me?
-Não, estranho familiar.
Sei onde mora e onde atende:
Rua do Contorno, 81 e Vargas 1 milhar,
respectivamente.
Se tenho faltado com o compromisso de esquina, e de praça, escondendo as mãos
é porque, agora, as tenho em garra.
Se não lhe mostro os dentes
é porque os tenho em gume.
Se já não me ouve a voz
é porque uivo, por descuido.
-Se lhe desperto o Lobo, Estranho Conhecido,
já não precisamos nos falar.
Seguem. Cada um seu caminho.
Rua do Contorno, 81.
O Estranho Conhecido bate na porta.
É recebido por uma Loba:
-Por que demorou?
-Estranho Conhecido, por que a pressa?
Sempre nos vemos, de passagem, estranho.
Na mesma esquina - bom dia - na mesma praça - boa noite, entra ano sai ano.
Mas agora, Estranho conhecido, só lhe vejo com as mãos nos bolsos.
Não mais sorri nem cumprimenta.
Não me aperta a mão, apressado.
Desconhece-me?
-Não, estranho familiar.
Sei onde mora e onde atende:
Rua do Contorno, 81 e Vargas 1 milhar,
respectivamente.
Se tenho faltado com o compromisso de esquina, e de praça, escondendo as mãos
é porque, agora, as tenho em garra.
Se não lhe mostro os dentes
é porque os tenho em gume.
Se já não me ouve a voz
é porque uivo, por descuido.
-Se lhe desperto o Lobo, Estranho Conhecido,
já não precisamos nos falar.
Seguem. Cada um seu caminho.
Rua do Contorno, 81.
O Estranho Conhecido bate na porta.
É recebido por uma Loba:
-Por que demorou?
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Por um triz
Passos na areia
ao largo de cacos de vidro
escondidos
Braçadas no mar
ao largo de caravelas
discretas
Pisadas no fundo
ao largo de pedregulhos
agudos
Descanso na sombra
ao largo das bombas
que alhures, em um país distante,
explodem em hecatombes
ao largo de cacos de vidro
escondidos
Braçadas no mar
ao largo de caravelas
discretas
Pisadas no fundo
ao largo de pedregulhos
agudos
Descanso na sombra
ao largo das bombas
que alhures, em um país distante,
explodem em hecatombes
Sol da meia-noite
Mesmo na cama
no frio noturno
no quarto escuro
de banho tomado
a luz que foi
ao meio-dia apanhada
brilha na pele
a doer queimada
no frio noturno
no quarto escuro
de banho tomado
a luz que foi
ao meio-dia apanhada
brilha na pele
a doer queimada
Rol
Banana prata madura (faltando)
Cigarro (decidi parar)
Café
Pão (não tinha novo)
Jornal (decidi parar)
Domingo
Visitas. Família à mesa.
A velha mira a cabeceira vazia. Devaneia:
Sal na mesa.
-Quando é que ele volta?
Calor.
-Não mamãe... papai não vai mais voltar, lembra?
Conversas paralelas.
-Ah... neurisma.
Estalo de panelas.
-Foi um aneurisma.
Ensaiou-se uma lágrima.
Mas o filho da puta tinha que ir antes de mim?
Tosse, tosse
silêncio.
A velha mira a cabeceira vazia. Devaneia:
Sal na mesa.
-Quando é que ele volta?
Calor.
-Não mamãe... papai não vai mais voltar, lembra?
Conversas paralelas.
-Ah... neurisma.
Estalo de panelas.
-Foi um aneurisma.
Ensaiou-se uma lágrima.
Mas o filho da puta tinha que ir antes de mim?
Tosse, tosse
silêncio.
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