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O
|
f e n d i d o
e a c u a d o
Recolheu-se àquele pobre,
àquele imundo barraco,
a m a r e l o
t e r r a : o
c r e.
Sem labor – a fantasia
única que possuía –
que a ele foi negado
ficou logo adoentado.
Com a notícia que morria
a correr à luz do dia,
procurou-lhe velha ossuda,
ex teúda e manteúda,
que por Anita atendia.
Com ela vivera antes
de ser vendedor andante.
Em noite de valentia,
choro, faca e gritaria.
Largara-a para trás.
Foi com ponta de alegria
que a avistou em seus quintais.
Anita:
-Depois que ocê deixou eu
minha barriga cresceu
e nasceu, bem no Natal,
menino, que hoje é fiscal.
Que tá lá fora esperando
Pra mor de falar co ocê.
Natalino foi entrando
e começou a dizer:
Se te odiei já não sei
talvez sim, pois foste ausente,
mas nunca te quis doente
nem perseguido da Lei.
Eu não sei se te quis mal
talvez sim, por não amado,
mas nunca te quis domado
tal como bruto animal.
O que peço é teu perdão
e seu quepe
jogou fora
se ele me der agora
terei minha redenção.
Peço: abra o coração
e tirou o seu
colete
e esse teu filho aceite
antes da extrema unção.
Herdarei tua condição
e pôs a vara
nas costas
com as chagas a ti impostas
sem qualquer hesitação.
Não morre o teu evangelho
já vestido
como o velho
tomo a vida que é sua
em mim você continua.
Do teu pregão farei canto
já em
desatado pranto
tomo a vida que era sua
em mim você continua.
O vendedor
de Chapéus:
-Pois vejo que sois um burro,
desses de sonoro zurro,
ou será que não enxerga
que sempre vivi na merda?
FORMA
ERRADA OU CERTA
O QUE , MAL OU
BEM
E S
C R E V E U ALGUÉM,
POR
AQUI
SE ENCERRA.
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