(Imagem: http://gn9ne.blogspot.com/2011/02/snake-face.html)
CASCAVEL na cama
Sob
o pano branco
Seu
silvo reclama
Num
chiado pranto
A
volta de um tempo
A COBRA no leito
Onde
requebra oculta
No
lado em que me deito
E
indaga e consulta
Sobre
o seu tempo.
COBRA sob a fronha
Com
o mundo espantada
Esconde
a peçonha
Por
envergonhada
De
estar nesse tempo.
SERPENTE encoberta
Foge
da malícia
Que
existe na terra
E
me pede notícia
De
um outro tempo.
Quando pôde
ontem
Sussurrar manobras
Na orelha
do homem
Que ouvia
as cobras
Como aluno
ao mestre.
Dorme,
anjo, dorme
Guarda
em teu sono
A
inocência que
Se
no mundo não mais há
Não
é por culpa sua.
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