Mata densa. Campos e bosques, parentes distantes.
Aquela, em sua densidade, desconhece cantos e ninfas, dependentes do ar fresco desses outros. Mata densa, sufocante, produz sua própria mitologia. Uma teogonia bárbara, produz – Ordenhava quando sentiu dores. Acocorada, fez força três vezes. Pariu-se – Seu discurso: um não-discurso. Ideias
interrom... Sons da Mata. Chia
chiado chia... Aquela
pausa; uma censura? E aqueles
gritos? Adesão? Protesto? Mata densa.
Densíssima ma... Folhas, se secas no chão, pedem queda escorregão. Galhos,
pancada. Cobras: “Pise em mim, pise em mim!”. E Céu? O que pede? De trás das
copas manda recado. Gotas tímidas ferem
tambores. Vozes-Aves: “Vou embora, sei se volto não! Vou embora...”. Chuva
aperta. Rio avança à margem. Exibe, cheio de si,
apoio angariado do Céu. Ronca. Mata cede.
Sua sina ceder – Garoto, em suas fraldas,
para diante da porta entreaberta. Quarto se insinua pela fresta. Hesita. O que, lá
dentro? Entro, papai? Entrou. Nem ouviu. Sina dos quartos escuros ceder à curiosidade dos meninos - Mata quarto escuro ar parado. Sua sina ceder ao ronco da motosserra. Dorme acorda bosque.
Dorme acorda campo. Corte Raso.
de quem é este poema ?
ResponderExcluirOlá Elsa,
ExcluirEsse poema é meu.
Abraço.