O porteiro me barrou.
No elevador, seu Antônio, o vizinho do 602, perguntou se eu era novo. A
fechadura não reconheceu minha chave. Meu garoto me negou um abraço. Penélope
quis saber quem eu era. Já que fui ficando, acabaram por se acostumar. O
porteiro, seu Antônio, meu filho e minha mulher. Porque a fechadura se mostrara
especialmente teimosa, tivemos de trocá-la. Nesse dia, ouvi Penélope ao
telefone (com Ana, sua irmã): “Mais fácil trocar o segredo do que o marido,
né?”
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