Alguma Literatura

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domingo, 9 de setembro de 2012

COMO BALA





A Cidade: uma fera confessa,
que ronca e rosna toda a sua fome.
O Homem, uma outra que consome
a vida sua a serviço da Pressa

(urgência de quem tem, forte e latente,
fome de pão e também de dinheiro)
por isso, na viagem, o passageiro
revisita o destino em sua mente

e, não estando lá, deveras sente
do lugar as cores, clima e cheiro.
A janela, o pensamento atravessa.

Voando, escapa ao olhar mais atento.
Você, que me julga a cuidar do vento,
não vê que pensando vou mais depressa?

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