ENCARNAÇÕES
DA FACA
11. MAL NOTURNO
Gente
de carne, como é boba
Tua
prevenção contra essa outra
De
aço
De
aço.
A
lâmina não é fria,
Mas
tua pele quente.
Tampouco,
cortante,
Pele
tua é que se desfaz, falta de coesão.
Essa,
a ela sobra.
Coesa,
precisa, ri de ti
Com
ironia.
(O
sorriso do cirurgião segundos antes
Da
incisão).
Ela
não carrega culpa.
O
punho não o é, mas fronteira.
À
culpa, cigana viandeira,
Só
é dado trafegar dele
Para
lá.
Mas
pesadelos, os tem:
Diante
de si, costas suculentas.
Por
mais que voe,
Por
mais que tente,
E
que se esforce
Não
consegue
Sangrá-las.
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