Mandem parar o poema!
Te levanta, guria
Fandanguear? Impossível
Dança, guria
Se o Rio Grande se
apequena
Canta, guria
E a luz se faz artifício.
E que cesse mesmo o mundo
Não te acanha
Sua tão tola viagem
Não te aperta
Que se a dívida é chumbo
Prende o grito
Sua paga é coragem:
É guardar seiva da vida
Segura minha mão
Que tão jovem se rebenta
Toma teu mate
Juntá-la co’as mãos sofridas
Fala de ti
Solvê-la, boca sedenta.
Às densas trevas do agora
Acorda, guria
O sol se imporá de novo
Acorda
O amor seguirá à prova
Não dorme
De esquecimento e de fogo.
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