Alguma Literatura

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sábado, 17 de março de 2012

Pelo telefone





Fui, naquela noite insone,
pelo silêncio domado
silêncio que foi cortado
ao soar o telefone.

Como  fio que tudo corta
com paixão de mil amores
com seus sons e suas cores
Natal entra pela porta.

Rogo-lhe “não me abandone”
“Não o farei”, ela diz
trazendo, leve e feliz,
com ela a voz de Simone.

E lembranças que comporta:
o tempo a caminhar lento,
o sol e o cantar do vento,
som de amor que ao mar transporta.

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